MENSAGEM DE APRESENTAÇÃO DA DIRETORIA DA ANATECJUS

MENSAGEM DE APRESENTAÇÃO DA DIRETORIA DA ANATECJUS
Quem são e quais as metas de trabalho da atual gestão


Aos colegas que estão chegando para apoiar a ANATECJUS, segue uma apresentação da diretoria e alguns esclarecimentos sobre a atuação e a visão do cenário atual de luta representativa.

Diretoria Executiva da ANATECJUS:

Diretor-Presidente - Thiago Capistrano Andrade

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: 35ª Zona Eleitoral de Apodi/RN (TRE-RN).

Diretor Vice-Presidente – Aldo Roberto Ribeiro Junior

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Diretor Financeiro – Francisco Márcio de Oliveira

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: 34ª Zona Eleitoral de Mossoró/RN (TRE-RN);

Diretor Jurídico – Fernando Assis de Freitas

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Diretor de Comunicação – Dalmário de Oliveira Filho

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: Justiça Federal/CE (TRF5).

Diretor de Tecnologia e Comunicação – Nilton Alves Verlindo

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: Justiça Federal/RS (TRF4).

Diretor Administrativo – Eduardo Alberto Cabral Tavares Marques

Técnico do Ministério Público da União / Administração;
Lotação: Procuradoria Regional Eleitoral (PR/SC).

Conselho Fiscal da ANATECJUS:

Aguinaldo Bezerra Damasceno

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: Justiça Federal/CE (TRF5).

Elongio Moreira dos Santos Junior

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: Sede Administrativa (TRE/AM).

João Milton Chaces Joca

Técnico Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade);
Lotação: 10ª Zona Eleitoral de João Câmara/RN (TRE-RN).


PROPOSTA DE TRABALHO DA ATUAL GESTÃO – METAS:

1) Colocar a Associação em condições de defender e atuar em benefício dos técnicos do PJU e do MPU;
2) Alcançar a marca de 10 mil associados;
3) Lutar para alcançar o padrão 100-85 de carreira (redução das diferenças remuneratórios entre Técnico e Analista);
4) Criar canais de discussão e diálogo com associados, tonando sua participação uma prioridade da associação;
5) Criar programa completo de benefícios aos associados;
6) Criar meios para tornar a entidade mais democrática, transparente e protegida contra a perpetuação de mandatos, com estímulo a novas lideranças;
7) Criar um núcleo permanente de estudo dos cargos e carreiras do PJU, com vistas a valorização e reconhecimento dos Técnicos Judiciários.


O TRABALHO EM DESENVOLVIMENTO

A Anatecjus, quando a nova direção assumiu, estava em uma fase sem diretoria regular constituída, uma vez que a gestão anterior expirou por volta de julho de 2023.

Portanto, a diretoria atual tinha a missão de realizar diversas atividades burocráticas, que demandaram um grande exercício de paciência, em virtude da demora com que se resolviam, não por omissão, mas por falha mesmo dos sistemas de controle das entidades acionadas. Podemos destacar o início dos trabalhos com:

• Registro da Ata da Posse da nova diretoria junto ao Cartório de Notas de Brasília, realizado via sistema próprio, que demandou cerca de vinte dias, e era documento necessário para as próximas atividades descritas;

• Registro da alteração de representação da associação perante a Receita Federal, via sistema e-CAC, que também demandou uma semana de espera do processamento;

• Registro da representação presidencial e financeira da associação perante as agências bancárias em que a ANATECJUS mantém contas abertas, demorando cerca de duas semanas;

• Criação da Certidão Digital (e-CNPJ) da Associação.

Outras providências foram adotadas, de forma concomitante, para fins de organização dos trabalhos, como a criação de nova ficha de filiação, reformulação da página de filiação na Internet, criação de banco de dados para organização dos associados, criação de e-mails institucionais para contatos com associados e para fins institucionais, campanha de associação para angariar apoio e melhorar a saúde financeira da entidade, organização de grupos de Whatsapp e serviço de atendimento aos associados, tanto via chat como por e-mail.

Já, como primeiras medidas iniciais em defesa e promoção da categoria, poucas providências foram adotadas até o momento, porém, pertinentes:

• Ofício nº 01 e nº 02 para o STF e CNJ, respectivamente, em defesa dos Técnicos Judiciários e da proposta do anteprojeto da FENAJUFE;

• Ofício nº 04 para o CNJ, requerendo assento ao Fórum permanente de discussão de carreira;

• Ofício-circular nº 01, para sindicatos do país, apresentando a nova diretoria da Anatecjus e sugerindo parceria para estabelecer a discussão e incentivo aos núcleos de Técnicos Judiciários.


É certo que ainda se tem realizado um trabalho tímido, muito aquém de grandes entidades. Mas a solução é aumentar a estrutura e os recursos para refinar melhor o trabalho. Para tanto, está-se envidando esforços no sentido de aumentar o número de associados, a partir da promoção de algumas atividades, que contam com a colaboração importantíssima de colegas associados, sendo:

• Convite realizado através de e-mails a Técnicos Judiciários do país, já tendo sido expedido mais de 5 mil e-mails divulgando a ANATECJUS para os Técnicos do PJU e do MPU;

• Texto convite divulgado em grupos e para Técnicos no Whatsapp;

• Convites realizados diretamente pelos associados aos colegas de repartição.

A diretoria tem, periodicamente se reunido para traçar as atividades da entidade e resolver situações que precisam de decisão conjunta, perfazendo um total de três encontros até o momento, complementado com diálogo de rotina em ambiente online, via grupo exclusivo de Whatsapp.

Os últimos diálogos da diretoria envolve a contratação de serviço de desenvolvimento do site institucional da entidade. Trata-se de uma aquisição cara para a capacidade de investimento da entidade, mas que se mostra necessária como cartão de visitas e exposição da proposta de gestão. A empresa jé foi selecionada e o contrato está por ser assinado nos próximos dias.

A ideia do site é que seja um ambiente de interação, de informações públicas e de informações exclusivas dos associados, para que contemple as necessidades de uma entidade tão virtualizada como a Anatecjus, uma vez que tem âmbito nacional, porém ainda sem uma sede física instalada.



CONTEXTO DA ARENA POLÍTICA DE DISCUSSÃO DE CARREIRA

Sobre a situação político-sindical, temos sofrido há anos, agravado mais recentemente, com divisões na classe dos Técnicos, por segmentos que têm criado divergências quanto a necessidade de valorização da carreira. E tais visões distintas de reconhecimento impulsionaram a criação das associações que fazem parte desse espaço de diálogo, influenciando entidades sindicais, intercedendo junto às autoridades, realizando lobby e política de representação visando suas melhorias exclusivas das condições de trabalho.

Temos associação dos Técnicos Especialidade Segurança - Agepoljus (Policiais Judiciais), que chamamos, no tratado diário, de colegas APJ (Agente de Polícia Judicial).

É uma associação consolidada e bem organizada, que tem forte atuação política nos sindicatos e junto as entidades superiores, com forte priorização de seus projetos exclusivos. Conseguiram a GAS (Gratificação de Atividade de Segurança), que é de 35% sobre o Vencimento Básico. E, através de norma infralegal, mudaram a nomenclatura do cargo para adicionar o termo "Policial Judicial". Além disso, podemos ver nas últimas propostas que foram apresentadas na XXIII Plenária realizada pela FENAJUFE, o interesse da categoria, ou parte dela, de virar uma polícia institucional, com atribuições de polícia e valorização própria, apartada da carreira de Técnico Judiciário e de Analista Judiciário <1>.

É uma associação que mantém uma interlocução política com analistas oficiais de justiça, para apoio mutuo de seus projetos <2>.

Temos também a recém-criada Anastic – Associação Nacional dos Servidores de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário e do Ministério Publico <3>. É, basicamente a associação dos servidores Técnicos e Analistas de TI. Tem sua fundação inspirada no argumento de que o setor de TI é fundamental para os órgãos públicos e que os servidores têm sido assediados pelo mercado privado, causando prejuízo as entidades.

No vídeo de apresentação da entidade, o servidor Robson explica “...estamos observando diuturnamente diversos colegas do PJU e do MPU saindo para trabalhar em outros órgãos, pedindo afastamento não remunerado, pedindo exoneração.” Alerta ainda que o serviço do PJU pode parar com a evasão dessa “quantidade de profissionais”, sem sequer citar números, nem implicar órgãos que tem sofrido com tais problemas. Que, em razão dessa suposta preocupação, uma equipe de servidores, através de discussão de whatsapp, juntaram esforços para poder “proteger o PJU e o MPU”. Porque os “os vencimentos pagos pelo PJU e pelo MPU não compensam mais ficar” e arremata que “hoje, ou as pessoas estão saindo ou as pessoas estão com dois ou três empregos para poder, ainda, continuar. Se não fosse isso, o PJU e o MPU já teriam entrado em colapso.”

Com todo o respeito aos colegas da TI, pela relevância dos serviços que prestam, mas não maiores do que os demais cargos que compõem o PJU e o MPU, mas é muito estranho, para não dizer controverso, o argumento de que “servidores assediados” por melhores oportunidades financeiras estão “preocupados com o setor público”, em vez de aproveitarem as tais novas oportunidades financeiras mais atraentes do setor privado.

Já, sobre o servidor de TI “fazer bico” para outras empresas, isso não é tão distante da realidade do cargo de Técnico Judiciário, sem especialidade. Aliás, carreiras paralelas são muito comuns no setor público, em especial quando a remuneração não comporta todas as despesas do orçamento familiar. Servidores estudam para outros concursos, abrem empresas, tornam-se professores universitários, desenvolvem outras habilidades, fazem cursos, com fins de buscar alguma melhoria financeira. Nesse cenário descrito pelo Robson, ao menos há uma vantagem para o pessoal de TI, o tal assédio de grandes empresas. Infelizmente, não ocorre da mesma forma para os demais segmentos de Técnicos. É um problema que merece atenção da alta gestão de forma coletiva.

Sobre o problema de rotatividade, as organizações do PJUe do MPU não têm registros do referido problema. E, se tem, não foi, ainda, revelado, nem mesmo feito a devida análise setorizada, capaz de demonstrar com números a dimensão do suposto problema. Contudo, parece que os servidores de TI estão, de forma altruísta e muito bem-intencionada (contém ironia), apontando a melhor solução: a sua autovalorização.

A bem da verdade, a luta travada em 2023, marcada pela derrota da proposta de GAPTIC – Gratificação de Atividade Permanente de Tecnologia da Informação e Comunicação, na XXIII Plenária Nacional em Belém do Pará, foi a fonte inspiradora da criação dessa Associação. Os servidores, muito embora muito influentes no meio sindical, amargaram a derrota por um voto de diferença<4>.

Portanto, é mais uma associação que nasceu da necessidade de buscar, diante da dificuldade orçamentária que vivenciamos, apenas para seus associados, melhorias específicas de carreira. E a principal bandeira deles é a GAPTIC, cuja proposta de anteprojeto de lei prevê gratificação de 50% sobre o Vencimento Básico para o pessoal de TI.

No entanto, cabe enfatizar que são pessoas muito bem organizadas e politicamente influentes no meio sindical, atuando forte junto as autoridades do PJU e MPU. Inclusive com proposta já em tramitação no STF, protocolada através encaminhamento pela presidência do TJDFT, após ser acatado requerimento de seus servidores de TI.

Temos também a Fenassojaf – Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliador Federal. Esta, como a Agepoljus, é superorganizada e estruturada, e possui forte influência política nos sindicatos e, inclusive, com políticos do congresso nacional. Possuem luta política constante contra a extinção da carreira, buscando absorver novas e exclusivas atribuições, bem como reconhecimento como Carreira típica de Estado, essencial à Justiça, como o Ministério Público, mediante emenda Constitucional<5>. E, tal como os demais segmentos, buscam melhorias financeiras exclusivas, como a proposta de absorção da Gratificação de Atividade Judiciária – GAJ ao Vencimento Básico, com vistas a inflar sua exclusiva Gratificação de Atividade Externa – GAE. Esta gratificação corresponde a 35% do Vencimento Básico, como no caso da GAE dos Policiais Judiciais.

Os Oficiais de Justiça Avaliador Federal - OJAF são analistas que possuem a GAE, já citada, e a IT – Indenização de Transporte, que garante pouco mais de R$ 2mil reais a mais todo mês aos seus vencimentos. São os servidores mais bem remunerados das carreiras que compõem o PJU. Contudo, a desvantagem é a de que não podem assumir função comissionada sem que haja a perda da gratificação pelo exercício da atividade do cargo, sendo esta uma luta das duas categorias, de OJAF e de Policiais Judiciais.

Tem também, no rol de associações de segmentos, a Anajus - Associação Nacional do Analistas Judiciários do PJU e do MPU. Essa dispensa apresentações. Tem lutado contra o reconhecimento da importância dos Técnicos do PJU e do MPU desde o surgimento da proposta de alteração da escolaridade de investidura dos cargos para Nível Superior (NS). Por menor que seja, a Anajus exerce forte influência com a pauta deles no âmbito sindical.

A Anajus lutou e ainda luta contra o NS. E hoje está focada em combater o “100-85”, nossa bandeira de redução do fosso remuneratório. Suas razões principais se concentram na defesa de percentuais de reajustes equivalentes, desconsiderando a necessidade de reestruturação das tabelas remuneratórias, para correção da exploração e discriminação sofrida pelos Técnicos Judiciários.

E, por fim, cabe lembrar que há também rusgas entre Técnicos sem especialidade, surgido nas discussões precedentes à XXIII Plenária Nacional, relativo à reestruturação da tabela remuneratória da carreira. Uma corrente de Técnicos defendem que a carreira precisa alongar, dos 13 padrões atuais, para 20 padrões, como ocorre em vários outros cargos, com perspectiva de melhores remunerações. Outros defendem que tem de ser mantido os 13 padrões atuais a qualquer custo, sob o risco de trazer prejuízos financeiros aos inativos (aposentados e pensionistas) e aos futuros servidores que ocuparão os cargos do PJU e do MPU.

É um tema sensível, que deve ser evitado de tratar no espaço associativo, uma vez que não agrega a nossa luta, posto que o anteprojeto da Fenajufe já foi apresentado. E tendo sido apresentado, considerando que dele consta a nossa bandeira máxima pela redução da desigualdade remuneratória, então, é importante que os Técnicos se mantenham unidos para protegê-la contra as investidas dos outros segmentos, que querem a modificação da proposta, podendo afetar a nossa bandeira.

Toda essa divisão enfraquece nossa luta. Por isso, a Anatecjus precisa ganhar rapidamente tamanho de entidade grande e assumir um papel político em defesa de nossa carreira.


FRENTE DE LUTA DA ANATECJUS

A diretoria atual entende que deve atuar em conjunto com os sindicatos, incentivando a participação dos técnicos para se filiarem, comparecerem as votações e influenciarem a pauta sindical a favor da Justiça para nosso cargo.

Institucionalmente, deve buscar realizar política junto às autoridades superiores, aos políticos e a todos os stakeholders desse mundo sindical.

Para os servidores, deve prover um amplo debate sobre carreira, buscar levar o máximo de informação e consciência de luta para estimular o engajamento, a motivação e a unidade dos Técnicos Judiciários do PJU/MPU.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Era o que cabia informar aos colegas que vêm chegando à Associação. E alertar que, no momento, o nosso espaço de interação é o whatsapp, apenas. Mas, em breve, teremos redes sociais restabelecidas e site institucional reformulado para beneficiar os associados.

E, no whatsapp, cabe alertar-lhes que existem dois grupos exclusivos de associados da Anatecjus. Um grupo é de informações (Anatecjus apresentação). Que é utilizado para passar informações sobre a associação, sobre ações desenvolvidas, etc.

O outro grupo, é o de discussão (Anatecjus I). As discussões são cordiais, quando os temas são “fáceis”, ou seja, de defesa dos Técnicos, de engajamento, de interesses comuns. E são também discussões ásperas, cujo clima fecha e muitos colegas, em especial os mais novos, se sentem incomodados e até saem do grupo.

Como é um “mundo” novo para vários colegas, caso não se sintam dispostos a discussão de carreira, em face do terreno espinhoso, ou por não ter mesmo tempo para acompanhar tantas mensagens que os grupos de whatsapp trocam, podem fazer parte do grupo de informações da Anatecjus e manter-se informado sobre assuntos que envolvem nossa carreira e nossa associação.

A associação está a disposição para outros esclarecimentos.

E caso não tenha ainda se associado, clique AQUI para associar-se!



Cordialmente,

ANATECJUS
Contato Whatsapp


Referências:

(1) https://www.fenajufe.org.br/noticias/noticias-da-fenajufe/188-xxiii-plenaria-nacional/10203-resolucoes-fenajufe-divulga-caderno-de-propostas-previas-a-plenaria-nacional. Acessado em 24.03.2024

(2) https://agepoljus.org.br/representantes-da-agepoljus-se-reunem-com-o-novo-presidente-da-fenassojaf/ . Acessado em 24.03.2024

(3) https://www.youtube.com/watch?v=dNm-X0bK0Us. Acessado em 24.03.2024

(4) https://www.sintrajusc.org.br/informe-sobre-a-votacao-da-gaptic-na-xxiii-plenaria-nacional-da-fenajufe/ . Acessado em 24.03.2024

(5) https://www.camara.leg.br/noticias/966057-projeto-classifica-oficial-de-justica-como-carreira-tipica-de-estado/ . Acessado em 24.03.204